Só dá indie no PS4: conheça cinco games que serão lançados em 2015

12/12/2014 06h00 - Atualizado em 12/12/2014 16h50

'The Witness' combina quebra-cabeças sofisticados com exploração de ilha.
'Samurai Gunn' é game competitivo com banho de sangue e pé nos 8-bits.

Bruno AraujoDo G1, em Las Vegas (EUA) - o jornalista viajou a convite da Sony
A PlayStation Experience (PSX), evento voltado para fãs que aconteceu em Las Vegas (EUA) nos dias 6 e 7, até teve novidades sobre "Uncharted 4" e o futuro da série "Street Fighter". Mas quem acompanhou a apresentação da Sony na abertura da feira viu que os jogos feitos por equipes pequenas, mas com ótimas ideias, são uma das principais apostas da empresa para o PlayStation 4.
Na PSX, a área reservada para os indies chamava a atenção pela quantidade de estúdios e pelo alto nível dos jogos. Havia produtores europeus, argentinos e até os brasileiros de "Ninjin: Clash of Carrots" e "Chroma Squad". O G1 passou por lá, testou várias dessas produções e destaca agora cinco ótimos games independentes que serão lançados para PS4 (se tudo der certo) em 2015.
'The Witness' será lançado para PS4 e PC (Foto: Divulgação)
"The Witness" não foi 100% confirmado para o ano que vem, mas é impossível falar de indies no PS4 sem citar o próximo game de Jonathan Blow, criador do premiado "Braid". A situação fica ainda mais séria quando o jogo, que é desenvolvido há cinco anos e nunca havia dado as caras para o público, estava disponível em formato jogável na PSX.
"The Witness" é um game em primeira pessoa que combina quebra-cabeças sofisticados com a exploração de uma ilha desabitada. Em meio a paisagens deslumbrantes, o jogador deve descobrir o segredo de painéis como esse da foto acima. Isso é feito desenhando o caminho correto entre dois pontos do diagrama, como em um labirinto, mas a brincadeira não é tão simples quanto parece. Cada conjunto de enigmas tem regras próprias, e a genialidade de "The Witness" é o fato de essa linguagem conseguir se expressar sem nenhum tipo de tutorial ou confirmação do tipo: "você fez certo". Decifrar o que o jogo te pede é sempre muito intuitivo, apesar da alta dificuldade de alguns quebra-cabeças, e as respostas podem estar escondidas até em sutilezas dos cenários, como os diferentes tamanhos de uma formação rochosa.
Essa sensação de recompensa fica maior quando você percebe que os painéis estão interconectados e desbloqueiam novas áreas da ilha. "The Witness" é um game de mundo aberto e, a partir de certo ponto, permite que o jogador resolva os quebra-cabeças que quiser (são mais de 700) e na ordem que preferir. Ele é enigmático, hipnótico, mas ao mesmo tempo fundamentado em simplicidade. Foi difícil largar o controle sem poder avançar mais em "The Witness". E está sendo mais árduo ainda esperar ele ser lançado... algum dia...
Sai também para: PC e iOS.

Já disponível para PC, "Samurai Gunn" é mais um daqueles games que acabam com amizades de 30 anos. Com um modo multiplayer exclusivamente local, ou seja, sem partidas online, ele navega pelo jeitão competitivo de "TowerFall Ascension" e coloca você e seus camaradas para quebrar o pau em diferentes arenas com inspirações japonesas. "Gunn" mantém o nível de caos e diversão de sua comparação mais direta, mas deixa o sangue jorrar solto pelos seus cenários em 8-bits e permite usar tanto uma pistola (em "TowerFall", a arma é um arco e flecha) como uma espada. É possível até que as lâminas se rebatam caso os jogadores ataquem ao mesmo tempo. Mas se por acaso a partida empatar, os dois finalistas decidem a parada em um duelo Bushido, com direito a pôr do sol, vinhetas e uma morte dramática.
Sai também para: PS Vita.
'Pavilion' será lançado para PlayStation 4 (Foto: Divulgação)
Apresentado por seus criadores como "um game de quebra-cabeças em quarta pessoa", "Pavilion" não coloca o jogador no papel do protagonista da história, mas dos objetos que aparecem pelas fases. Pode parecer estranho no começo e demora um pouco para se acostumar, mas é interagindo com pedras e sinos que você influencia o personagem e o leva ao final de cada fase. E o resultado é muito legal porque acaba fazendo você pensar de forma diferente, talvez na mesma lógica de um game de "tower defense". Já o visual de "Pavilion" é outro aspecto que merece destaque. O game tem um traço artístico, pintado à mão, com construções que serpenteiam o cenário e muitas vezes se confundem. Essa complexidade lembra até "Monument Valley" e suas ilusões inspiradas em M.C. Escher (o artista, não o rapper). Esse pacote é embalado por uma história obscura, onde o personagem parece viver um sono profundo ou uma realidade paralela. Bem intrigante.
Sai também para: PS Vita.
'Gunsport' será lançado para PlayStation 4, Xbox One e PC (Foto: Divulgação)
Imagine se William Gibson, autor do clássico cyberpunk "Neuromancer", começasse a jogar vôlei de areia e você vai começar a ter uma ideia do que se trata "Gunsport". Saem as manchetes e os saques viagem e entram pistolas e rifles de laser. E no lugar dos uniformes coladinhos, que tal cortes de cabelo duvidosos e implantes cibernéticos. Gostou? Gostei. Em "Gunsport", os jogadores formam duplas para arremessar a bola do jogo ou no gol, ou na quadra do adversário. Ao contrário do vôlei, aqui o rally conta pontos. Se você derrubar aquela troca de passes eterna, prepare-se para dar uma bolada à outra equipe. Para manter a redonda no ar, você usa armas, que dependendo da posição do jogador tem um tiro (atacante) ou dois (goleiro). Um game muito divertido e com regras bem simples.

Share on Google Plus

About Unknown

    Blogger Comment
    Facebook Comment

0 comentários:

Postar um comentário